Salvador, 30 de dezembro de 2022, por Janaina Brito – As plantas carnívoras são espécies exóticas que chamam a atenção pelos seus mecanismos peculiares de sobrevivência. Afinal, a maioria das plantinhas costuma precisar apenas de água e sol para se manter, ao contrário dessas vegetações, em que insetos e pequenos animais fazem parte da alimentação. Porém, o mais interessante é que cultivá-las em casa pode ser mais simples do que você imagina, carregando exuberância para o seu jardim.
O Brasil é o segundo país com mais espécies de plantas carnívoras, o que viabiliza ainda mais o seu cultivo. Assim, existe uma grande variedade dessas vegetações, que se classificam especialmente de acordo com o tipo de armadilha para as presas. Se você se interessou por essas plantinhas fascinantes, confira abaixo dicas de como plantá-las e conheça 3 espécies para acrescentar ao seu jardim.
Como cultivar plantas carnívoras?
Você pode fazer a propagação de espécies carnívoras através de sementes ou de brotos laterais que se desenvolvem nas plantas. Seja como for, o importante é manter a umidade no local para estimular o enraizamento.
As espécies, inclusive, não são exigentes quanto ao solo, visto que quando atraem, capturam e digerem suas presas, também absorvem nutrientes. Desse modo, dê preferência aos substratos porosos, casca de pinho e até mesmo musgo, visto que a vegetação não gosta de terra.
Ademais, as plantas carnívoras também se beneficiam de adubação, embora apenas quando feita com baixa frequência. Iluminação e regas também são fatores importantes. Grande parte das espécies prefere áreas ensolaradas ou com sombra clara e demanda bastante água, de forma que até mesmo solos encharcados são tolerados. Assim, terrários são bons ambientes para cultivá-las.
Por fim, não deixe de ficar atento ao mofo e pulgões, problemas comuns a esse tipo de planta. Além disso, segundo Mary Porfírio em matéria para o site g1, em 17 de junho de 2021, apesar de serem conhecidas como carnívoras, as espécies não são tóxicas e nem oferecem qualquer perigo para os seres humanos. Pelo contrário, a vegetação pode ser muito útil para o controle de pragas.
Mais do que a clássica dioneia
Um dos exemplos mais populares de plantas carnívoras, a dioneia, possui o formato de boca responsável por prender a presa através de algum estímulo. A espécie costuma ser a mais perigosa para pequenos insetos e pode ser mantida em jardins, terrários e ambientes interiores.
Contudo, ela não é a única opção para quem busca esse tipo de vegetação. A seguir, o Portal Atualizei te mostra 3 outras espécies de plantas carnívoras para te inspirar e alguns truques para fazê-las prosperar na sua casa.
Drosera
A drosera possui pequenos tentáculos cobertos por botões adesivos que se enrolam e levam a presa imobilizada em direção ao centro da planta para a digestão. A espécie possui muitas variedades com diferentes graus de manutenção, mas, de maneira geral, precisa de muita iluminação e umidade; perfeita para terrários. Outrossim, também é resistente a climas frios.
Utricularia
Quem vê o aspecto delicado, semelhante a uma pequena flor, não imagina que a utricularia faz parte do grupo de plantas carnívoras. As espécies costumam ser aquáticas e utilizam o mecanismo de sucção para capturar suas presas. Porém, hibernam no inverno, tornando-se inativas para superar o frio.
Nepenthes
Outra variedade muito famosa, nepenthes também são chamadas de plantas-jarro devido ao formato de sua armadilha. Ao cair na abertura, os insetos e animais não conseguem subir e são digeridos. As espécies são trepadeiras que gostam de temperaturas elevadas, sem precisar de grandes quantidades de iluminação natural. Os “jarros” demandam bastante água, porém, a planta não tolera alagamentos.
As plantas carnívoras guardam inúmeras possiblidades para o seu jardim com sua beleza rústica e charme exótico. Ademais, muitas espécies são fáceis de cuidar e, assim, você trará mais beleza para o seu ambiente de forma simples e prática. Não deixe de incrementar sua área externa com esses fascinantes seres-vivos.
